quinta-feira, 3 de julho de 2008

O fim do sonho

É impossível não comentar sobre a final da Libertadores. E como o futebol é caprichoso. Cevallos, que já havia falhado em Quito, voltou a mostrar fraqueza no Maracanã, durante os 120 minutos. Mas no final da disputa por pênaltis, saiu de campo como herói. Já Thiago Neves, marcou três gols nos 120 minutos, quatro com o marcado em Quito e tinha tudo para se consagrar como grande ídolo tricolor, desperdiçou sua cobrança de pênalti e se não manchou sua atuação, o que realmente não aconteceu, saiu de campo com a sensação de que os gols não valeram nada.



E não foi a LDU quem ganhou a Libertadores. Foi o Fluminense que a deixou escapar. Deixou escapar quando ao fazer o terceiro gol, ainda antes dos 20 minutos do segundo tempo, passou a imprimir um ritmo lento ao jogo. O tricolor teve quase 70 minutos para marcar mais um gol. Mas o medo de levar mais um foi mais forte que a vontade de fazer outro.

Dentro de campo, o jogo se desenhou da forma mais óbvia que poderia ser. A LDU, esperta, soube aproveitar o início de jogo, quando o Fluminense partiu com tudo e na única jogada que os caras conseguem construir, via Guerrón, chegou ao 1 a 0. Mas não deu para comemorar. Em 15 minutos o Fluminense já vencia por 2 a 1. E a LDU seguia sem conseguir jogar. Era chutão atrás de chutão, nem uma virada de jogo ou um toque mais curto, como aconteceu em Quito. Tanto que Cícero e Arouca, que tinham a preocupação de cobrir as subidas de Júnior César e Gabriel, pouco trabalho tinham.

E o panorama não mudou na segunda etapa. O terceiro gol era questão de tempo e veio na falta cobrada por Thiago Neves (que finalmente voltou a jogar). A impressão que dava era que o quarto gol viria naturalmente. Mas não veio. Num passe de mágica os equatorianos acordaram e passaram a tocar a bola, o que não aconteceu o jogo todo. E no final. Prorrogação. O tricolor não conseguiu chegar ao gol e foi castigado por Cevallos, que pegou três pênaltis.

Mas uma lição fica. Quem provoca, quem brinca e tira onda, é só o torcedor. Profissional tem que trabalhar de boca calada e deixar o oba-oba para a torcida. Não foi o que aconteceu principalmente a Thiago Neves e Renato Gaúcho. Futebol é caprichoso e ontem, escreveu mais uma página de sua história.

- Se precisar de três, vamos fazer. Se for quatro, também faremos (Renato)
- Marquei o gol do título (Thiago Neves)
- O melhor jogador deles não veio: a altitude (Washington)
- Perderam a chance de ser campeão (Renato)
- Vamos brincar no Brasileiro (Renato)
- Já penso em Yokohama (Horcades)

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