
E não foi a LDU quem ganhou a Libertadores. Foi o Fluminense que a deixou escapar. Deixou escapar quando ao fazer o terceiro gol, ainda antes dos 20 minutos do segundo tempo, passou a imprimir um ritmo lento ao jogo. O tricolor teve quase 70 minutos para marcar mais um gol. Mas o medo de levar mais um foi mais forte que a vontade de fazer outro.
Dentro de campo, o jogo se desenhou da forma mais óbvia que poderia ser. A LDU, esperta, soube aproveitar o início de jogo, quando o Fluminense partiu com tudo e na única jogada que os caras conseguem construir, via Guerrón, chegou ao 1 a 0. Mas não deu para comemorar. Em 15 minutos o Fluminense já vencia por 2 a 1. E a LDU seguia sem conseguir jogar. Era chutão atrás de chutão, nem uma virada de jogo ou um toque mais curto, como aconteceu em Quito. Tanto que Cícero e Arouca, que tinham a preocupação de cobrir as subidas de Júnior César e Gabriel, pouco trabalho tinham.
E o panorama não mudou na segunda etapa. O terceiro gol era questão de tempo e veio na falta cobrada por Thiago Neves (que finalmente voltou a jogar). A impressão que dava era que o quarto gol viria naturalmente. Mas não veio. Num passe de mágica os equatorianos acordaram e passaram a tocar a bola, o que não aconteceu o jogo todo. E no final. Prorrogação. O tricolor não conseguiu chegar ao gol e foi castigado por Cevallos, que pegou três pênaltis.
Mas uma lição fica. Quem provoca, quem brinca e tira onda, é só o torcedor. Profissional tem que trabalhar de boca calada e deixar o oba-oba para a torcida. Não foi o que aconteceu principalmente a Thiago Neves e Renato Gaúcho. Futebol é caprichoso e ontem, escreveu mais uma página de sua história.
- Se precisar de três, vamos fazer. Se for quatro, também faremos (Renato)
- Marquei o gol do título (Thiago Neves)
- O melhor jogador deles não veio: a altitude (Washington)
- Perderam a chance de ser campeão (Renato)
- Vamos brincar no Brasileiro (Renato)
- Já penso em Yokohama (Horcades)
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