Caricato demais

Sinceramente, o Fluminense pode até ser campeão nesta quarta. Afinal de contas, tem time para isso. Mas Renato Gaúcho confirma, a cada dia, sua face caricata. Face essa, que já contaminou jogadores como Thiago Neves. Alguém se lembra do Thiago dos treinadores anteriores? Mas o papo não é esse. Por enquanto. O papo é o estilão de Renato.

Ao perder o primeiro jogo da final da Libertadores, na semana passada, por 4 a 2 , Renato saiu de campo dizendo que a LDU era quem deveria estar desesperada...como assim Renato? O Fluminense tem time de sobra para vencer a LDU e ficar com o título logo mais...disso ninguém dúvida...mas Renato já tropeçou na soberba pelo menos duas vezes este ano. Quer tropeçar de novo?

Ao final do primeiro turno do Carioca, quando o time ficou de fora das finais, disse que o segundo turno seria diferente, dizendo inclusive que Botafogo e Fluminense se pegariam de novo lá na frente. Se pegaram e no que deu? Perdeu de novo. E o que falou? Agora, entrevista atrás de atrás de entrevista, toda às vésperas do maior jogo da história do Fluminense, segue com esse discurso pedante. "Se precisar de três faremos três. Se for quatro, faremos quatro". Será que Renato pensa que entrará em campo e fará os três gols que o tricolor precisa para ficar com o título? Acorda Gaúcho. Sua função agora é a de treinar e não jogar, muito menos falar.

Confiar no título e manter a confiança dos jogadores lá em cima, deve ser sempre o papel de um treinador. Afinal de contas, é óbvio que nenhum treinador, nesse momento, falaria o contrário. Mas o jeitão de Renato contamina e afasta. Com certeza, se Renato fosse menos marrento até, em tão pouco tempo de trabalho, folclórico, porque é assim que ele está ficando, muito mais torcedores de outros times estariam torcendo pelo tricolor.

E não duvidem. Se o Fluminense perder o título, dependendo da história, já na coletiva de imprensa, Renato encontrará um bode expiatório. Mais ou menos naquele discurso. Eu ganho, nós empatamos e vocês perdem. Concordam comigo? Se não concordam, digam, mas sem xingar...