terça-feira, 24 de junho de 2008

Clubes e empresários

Cada vez mais presentes no futebol atual, os empresários também estão tomando conta do futebol capixaba. Seja num momento ou outro, eles sempre estão presentes e na maioria das vezes, fazem estragos nos clubes. E num passado recente são grandes os exemplos de que essa parceria precisa ser revista.

Nem preciso ir muito longe para mostrar isso. O Estrela fechou parceria com o Orlando da Hora. Foi tricampeão da Copa ES. E agora? O Vitória abriu suas portas para Orlando da Hora logo depois. Foi campeão capixaba, mas a médio prazo o que aconteceu? Série B. A Desportiva se juntou a Hakan Kocturc no início do ano. Como ficou? Quase caiu e ao contrário dos de cima, sequer teve sucesso a curto prazo, a não ser a volta a Série A.

Ou seja. Os caras chegam no clube, emprestam a maioria dos jogadores do elenco e aí, querem dar as cartas. No início, tudo funciona, dando as cartas ou não. Mas quando as coisas não começam a sair como eles querem (seus jogadores no banco ou oportunidades melhores), juntam suas trouxas e deixam os clubes na pior.

Os times nada mais são que vitrines para seus jogadores. Até dentro de campo pode não dar certo. Teve clube que enfrentou diversos problemas por isso. Jogador não queria passar a bola para quem não fosse do mesmo empresário que ele. Vê se pode. Isso não pode acontecer nunca. Empresários e clubes devem sim, ser parceiros, mas com os clubes tomando todo o cuidado possível para não ficarem dependentes. Infelizmente, sem grana, acaba acontecendo o contrário.

Mas alguns já estão vacinados. Parece que Hakan já não está mais na Desportiva e pelo jeito, mudou sua forma de trabalho. Agora tem um time, o Comercial de Fundão. Enfrentou nesta segunda, em jogo treino, o Vasco e perdeu por 4 a 0. Nesta terça encara um time misto do Flamengo. O óbvio do que ele quer? Mostrar seus jogadores e lucrar. Capitalismo né.

O ruim é que não foram todos os clubes que atentaram para isso. Alguns ainda buscam essas parcerias. Olho aberto Linhares. E olho aberto Rio Branco, que apesar de não ter fechado nenhuma parceria, com certeza é um alvo em potencial no momento. O barato sai caro num curto prazo.

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